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 A EVOLUÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE A RELIGIÃO E A CIÊNCIA

 

Por Antonio Pimentel

 

     Em consonância com o que é dito por pessoas entendidas no assunto, a religião é identificada como um conjunto de sistemas culturais e de crenças que comportam diferentes manifestações de fé e de visões por meio de revelações, que promovem uma ligação entre o que é humano e divino. Pela fé e a devoção, as pessoas buscam fortalecer a crença e o vínculo com entidades transcendentais por meio de práticas e rituais que trazem a motivação para superar os obstáculos e os sofrimentos impostos pela vida, na procura da satisfação de alcançar uma relativa felicidade mental e a realização espiritual.

     Estudiosos do assunto destacam que cada religião tem uma estrutura específica, como congregações, celebrações, orações e templos, onde em cada uma, as Escrituras tidas como sagradas, determinam as práticas religiosas formais, existindo algumas religiões que surgiram das crenças populares e dos conhecimentos ancestrais.

A ciência pode ser traduzida pelo conjunto de conhecimentos ou saber adquiridos por experimentações, estudos, práticas sistemáticas ou metodologias, que podem trazer a comprovação de teorias baseadas em princípios estabelecidos pela experiência de muitos anos, desenvolvidos por estudiosos e pesquisadores por meio da matemática, física, química ou astronomia, designada como ciências exatas; ou pela antropologia, psicologia ou sociologia, entre outras culturas, denominada como ciências humanas.

Analistas afirmam que a ciência e as suas variadas vertentes evoluíram ao longo dos séculos, principalmente a partir do século 16, onde Galileu Galilei é considerado o pai da ciência moderna, e especialmente nos últimos dois séculos em função da revolução tecnológica, e por meio de novos métodos de pesquisa e de verificação.

     Existem diversas formas para se entender como se processa a interação entre a religião e a ciência. Analistas descrevem que no decorrer da história da humanidade se tem uma mostra de que, a visão em torno da natureza da religião, com relação a natureza da ciência, mudam com o tempo de acordo com um diversificado numero de concepções filosóficas, aliadas a contextos políticos, mudanças sociais e disposições econômicas.

       Outro entendimento bem conhecido pelos historiadores é o conflito que existe entre a religião e a ciência, na inevitável competição pela autoridade sobre a natureza e a realidade. Aos poucos a religião gradualmente vai se amoldando a realidade científica que, torna-se cada vez mais autêntica, pela evolução de sua metodologia.

Na verdade a religião e a ciência são construções humanas, que sofrem variações com o decorrer do tempo, onde algumas pessoas acreditam na contingência de se fazer alguma verificação, sobre alguns elementos transcendentais. Outras entendem ser mais fácil a exclusão das possibilidades de alguma ocorrência, e ainda outras, identificam-se com uma infinidade de probabilidades e conjecturas da mente.  Dentro desta linha de buscar algum elemento que possa saciar o conhecimento, o homem não consegue esgotar todas as variáveis do pensamento, para a elucidação das incógnitas que encontra pela frente.

     Desde a antiguidade, o ser humano sempre buscou conhecer o transcendental por meio da crença em deuses e a natureza. De início havia diversas formas para buscar conhecer a natureza. Algumas delas vinculavam-se a cultos, de natureza espiritual, como os cultos a divindades e rituais místicos, como também a crença que se refere à mitologia.

     Durante toda a Idade Média, no ocidente, ocorreram lutas entre a religião e os pensadores da natureza, onde a Igreja impunha ser a instituição que definiria o que seria a verdade sobre todos os assuntos. Essa atitude trazia o impedimento da liberdade investigativa da natureza.

Mas no século 16, Galileu lutou pela autoridade da ciência, sendo pressionado a se retratar diante do Tribunal da Inquisição, de que era falsa a ideia de que a terra girava em torno do sol. Apesar da imposição da Igreja sobre essa tese, a filosofia da natureza passou a lutar para ter o direito de estudar a natureza e ter autoridade para emitir pareceres.

     Com a modernidade, a filosofia da natureza passou a ser desenvolvida com seus próprios métodos de investigação, tornando-se independente da Igreja. Dentro desse contexto, a observação e a experimentação foram gradativamente sendo entendidos, passando a ter grande importância para o conhecimento da natureza.

Ao longo do tempo, a visão do conhecimento da filosofia da natureza foi evoluindo, sendo transformado em Realidade Dualista, termo proposto pelo filósofo mecanicista René Descartes, no século 17, criando a concepção de que o reino da extensão material é de caráter essencialmente geométrico e mecânico; e a concepção de que o reino da substância do pensamento é aquele que não possui extensão.

     No século 18, o sociólogo ateu Augusto Comte, teve a pretensão de formar uma nova ciência por meio do Positivismo, chamando-a de “Ciência da Sociedade”.

Com isso, as ciências naturais assumiram o caráter científico pelos experimentos e observações empíricas, alcançando passo a passo o conhecimento dos princípios universais e superiores, a exemplo do modelo da gravitação de Newton.

Por essa evolução da ciência, ocorreram grandes revoluções no pensamento científico, principalmente na física por meio da Teoria da Relatividade de Einstein, que incentivaram os estudos que revolucionaram a ciência do século 20.

     Desde o século 16 até os dias atuais, tem sido comuns a visão de que a religião e a ciência empregam métodos diferentes ao se dirigirem a questões similares. O que ocorre é que o método das religiões é subjetivo porque, baseia-se entre outras concepções, em noções diversificadas de autoridade para compreender o universo. A ciência caracteriza-se por uma abordagem objetiva que visa calcular e descrever o universo natural, físico e material.

O que acontece de fato, é que a religião e a ciência não são instrumentos para se atingir a verdade absoluta, uma vez que ao ser observado a evolução da religião e da ciência, passa-se a ter a percepção de que falta muito para que ambas cheguem ao patamar da perfeição. No entanto, no desenvolvimento de uma e outra, desperta a ideia de que enquanto a ciência explora o mundo material, a religião busca o mundo espiritual, e nesse caso, uma aproxima-se da outra por uma interação de conceitos que no futuro se encontrarão ligados pela mesma teoria universal.

Assim, tendo em vista a evolução da interação entre a religião e a ciência, pode-se chegar a uma conclusão, que enquanto a ciência promove o bem estar material por meio de invenções, descobertas e avanços tecnológicos, criando uma estabilidade social e econômica para a humanidade; a religião traz um complemento à ciência pela progressão do equilíbrio espiritual por meio dos bons costumes, o desenvolvimento do caráter com relação à ética, e a modificação de atitudes pelo aprimoramento de qualidades morais, que o ser humano vai adquirindo ao longo de sua vida, e a humanidade no decorrer dos séculos.

     Desse modo, a religião é propensa a caminhar junto ou próximo da ciência, uma vez que o ser humano e espiritual tem a necessidade de evolução, Por meio da interação do conhecimento e da moral.

 

ANTONIO PIMENTEL

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